O primeiro artigo do site relembra texto da primeira página do Jornal “A Voz do Sul” de 1958, o jornal fez um especial em homenagem ao centenário da Colonização Alemã em São Lourenço do Sul buscando resgatar os valores dos imigrantes que formaram o município e apresentando alguns de seus personagens. O texto de capa, o qual apresentamos abaixo, resume um pouco tudo isso e, ao longo dos próximos artigos do site pretendemos transcrever outros trechos do jornal.
Acreditamos que as gerações vindouras tem um dever de gratidão com nossos “pais fundadores” e todos que ajudaram na formação da São Lourenço atual, uma boa forma de fazermos isso é entendermos o que os guiava visando manter viva essa chama de amor, fé, esperança e superação de dificuldades no recomeço total da vida em ambiente desconhecido.
* Mantivemos na íntegra o texto que apresenta divergências ortográficas com o português atual, devido a sua publicação ser anterior às reformas ortográficas pelas quais passou a nossa língua pátria.
“Simbolizando o exemplo de amor ao trabalho; plasmando a força do querer; perenizando o elo da Família; cultuando a beleza da arte; vivificando a crença da religião; bendizendo a fertilidade do solo; agradecendo ao Creador, suas benesses; sintonizando os sussurros da Natureza e cantando suas graças à Divina Providencia, o Colono, que emblema o Monumento, confia na prodigalidade do solo lourenciano, lançando-lhe, a sementeira que tanto abastece e orgulha a economia do Brasil.
Todos os sacrifícios e todas as desilusões, dos primeiros colonos germanicos, que aqui aportaram, são a base desse marco evocativo e a fonte renovadora das esperanças dos que lhe seguem o caminho vitorioso. Só a Fé, encrustada no Amor, venceu esta batalha, no tempo e no espaço. Esses os fundamentos que inspiraram os promotores da presente obra, que ficará como um fanal a guiar o viandante nestas plagas tranquilas e amenas de trabalho, ordem e respeito.
O monumento trabalhado em granito, em Porto Alegre, mede altura de 6 metros; base 2 metros e 70cms. A figura, esculpida na face principal mede 3 metros e 20 cms, tendo na parte inferior uma placa de bronze, com os nomes dos 20 primeiros imigrantes alemães. Na face trazeira está a efigie de bronze, do saudoso João Batista Scholl, continuador da obra do Barão Rheingantz.”
JORNAL A VOZ DO SUL (São Lourenço do Sul, 16/02/1958, Diretor: Pamphilie Friedo Stenzel)
