
Em nota em seu site, após aprovar a volta de novas medidas autoritárias de Lockdown, a Associação de Municípios da Zona Sul (Azonasul) reconhece que o termo está desacreditado e busca atenuá-lo:
Desta forma, o Comitê Técnico e o Grupo de Prefeitos reconhecem que o termo LOCKDOWN está totalmente desacreditado e não carrega mais a seriedade e simpatia da população. Assim sendo, definiu-se que as restrições mais severas de atividades passam as ser denominadas de: ESTRATÉGIA DE RESTRIÇÃO REGIONAL DE ATIVIDADES.
Em março, população da Região Sul em carreatas manifestou a cobrança pelo Direito ao Trabalho, como garante a Constituição Federal. As medidas são nova afronta à nossa Carta Magna que garante o Direito ao Trabalho e a Livre Iniciativa (Art. 170, CF) e abre também possibilidade de violação de Direitos Fundamentais, perseguindo famílias em ambientes privados (Art. 5 e 6, CF):
O Plano Regional proíbe a permanência de pessoas em locais públicos abertos, como praças, parques, canteiro central de avenidas e outros espaços similares, permitindo, apenas, a circulação. Reuniões e/ou atos públicos ou particulares que provoquem aglomerações, independentemente do número de pessoas, inclusive da mesma família, que não morem na mesma casa também não estão permitidos pelo Plano Regional
Conforme já exposto aqui nesse site em artigo anterior, não há consenso científico quanto a correlação entre lockdowns (com o fechamento do comércio) e a diminuição de mortes, o próprio conceito de lockdown é inédito para a humanidade, surgiu a 14 anos atrás por experimento de computador, sem análise de epidemiologistas, sendo adotado então por políticos.
A própria OMS alertou sobre o uso do lockdown como única medida contra o Coronavírus afirmando que: “Os lockdowns tem apenas uma consequência que você nunca deve menosprezar: torna os pobres muito mais pobres”, e aqui no Brasil o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) também se mostrou contrário. Incluímos, a seguir, estudos científicos que corroboram essas evidências quanto a ineficácia do Lockdown.
Um estudo da Universidade de Stanford verificou que: “não há evidência que as intervenções não farmacêuticas (‘lockdowns’) contribuíram substancialmente para diminuir a curva de novos casos na Inglaterra, França, Alemanha, Irã, Itália, Holanda, Espanha e Estados Unidos em 2020. Além disso, não se verificou evidência de benefícios dos decretos de isolamento em casa e fechamento de negócios”.
Um estudo publicado na revista científica Nature, inclusive analisando dados do Brasil, “não encontrou evidência que o número de mortes por milhão é reduzido com o “fique em casa (”staying at home”)”.
No Brasil uma análise da quantidade de mortes por milhão em favelas do Rio de Janeiro (onde vivem 1 milhão de pessoas) e não há obrigações quanto a máscaras e lockdowns, com aglomerações ocorrendo naturalmente (até pela proximidade geográfica das residências), mostrou que a taxa de letalidade é menor do que a média do Brasil, fato que desmente grande mídia que em março de 2020 afirmava que ocorreria o contrário.
Outros estudos sugerem inclusive efeitos negativos para o lockdown, por exemplo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que constatou que “a adoção de medidas restritivas agravou a pandemia em vez de atenuá-la […] e pode estar diretamente relacionada a um aumento de 10,5% dos óbitos no período observado”. O uso de máscaras da mesma forma não é consenso, evidências não sugerem sua utilização por pessoas assintomáticas durante uma pandemia. Um resumo dos estudos quanto a máscaras pode ser encontrado aqui.
Estudo publicado em Março de 2021, comparando a mortalidade semanal em 24 países europeus, os achados deste estudo sugerem que políticas de lockdown não resultaram em menor mortalidade. Em outras palavras, os lockdowns NÃO funcionaram como desejado.
Estudo de Abril de 2021 do economista Casey Mulligan, da Universidade de Chicago, “mostra que no primeiro mês da pandemia, as organizações que adotaram protocolos de prevenção tornaram-se locais mais seguros do que a comunidade em geral“.
Estudo realizado no Texas por pesquisadores de Universidades Americanas, após estado liberar 100% funcionamento do comércio e não exigir mais máscaras não verificou: “Nenhuma evidência de que a reabertura afetou a taxa de novos casos COVID-19 no período de cinco semanas após a reabertura. … As taxas de mortalidade por COVID-19 em nível estadual não foram afetadas pela reabertura em 10 de março.“
Como demonstrado, impossibilitar que pessoas trabalhem, ganhem o pão de cada dia e portanto sobrevivam não é apenas imoral mas também não encontra evidências científicas robustas para diminuição de mortes em uma pandemia, é inconstitucional, violando a dignidade da pessoa humana e o direito ao trabalho. Estas medidas devem ser descartadas, portanto, por todos que valorizam a vida e a liberdade.