Saiba quais foram os deputados gaúchos que votaram contra o voto auditável

Apesar de relatório do próprio TSE ter admitido, em 2018, invasão das urnas eletrônicas, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira, 10, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso auditável. O texto precisava de 308 votos para ser aprovado, mas só alcançou 229.

A proposta previa a impressão de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos. Essas cédulas seriam “depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.

Segundo a Revista Oeste:

Em novembro de 2018, a ministra Rosa Weber, então presidente do TSE, solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar as alegações de um hacker. O órgão eleitoral admitiu que houve registro de invasão de seu sistema por meio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco.

De acordo com a PF, buscou-se identificar quais foram as portas de entrada utilizadas pelo invasor. Como resultado, notou-se que o hacker conseguiu acesso aos sistemas do TRE da Paraíba e do Rio Grande do Norte, estabelecendo conexões indevidas  — uma delas foi efetuada com o login do coordenador de infraestrutura do TSE, cujo nome não foi revelado.

Em resumo, o hacker obteve as senhas de acesso do sistema dos TREs e invadiu a rede interna do TSE. O documento conclui que o relato do invasor é condizente com a investigação do TSE.

Conforme o TSE, uma das partes do sistema a que o hacker teve acesso é o portal de sessão do voto informatizado. É nessa parte do sistema que está o código-fonte das urnas eletrônicas.

Em live com o presidente Bolsonaro no, dia 29 de julho, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, apresentou relatórios de 2016, 2018, 2019 e 2020 de peritos da Polícia Federal, sugerindo que o sistema de votação seja auditável em todas as suas etapas. De acordo com o ministro, conforme apurado “não é possível apurar de forma satisfatória o processo entre a votação do eleitor e a contabilização do voto no boletim de urna“.

Veja como votaram os deputados gaúchos:

FAVORÁVEIS AO VOTO AUDITÁVEL (20):
Alceu Moreira (MDB)
Bibo Nunes (PSL)
Carlos Gomes (Republicanos)
Daniel Trzeciak (PSDB)
Giovani Cherini (PL)
Giovani Feltes (MDB)
Heitor Schuch (PSB)
Jerônimo Goergen (PP)
Liziane Bayer (PSB)
Lucas Redecker (PSDB)
Marcel van Hattem (Novo)
Marcelo Brum (PSL)
Marcelo Moraes (PTB)
Márcio Biolchi (MDB)
Marlon Santos (PDT)
Maurício Dziedrick (PTB)
Osmar Terra (MDB)
Paulo Vicente Caleffi (PSD-RS)
Pompeo de Mattos (PDT)
Sanderson (PSL)

CONTRÁRIOS AO VOTO AUDITÁVEL (7):
Afonso Motta (PDT)
Bohn Gass (PT)
Fernanda Melchionna (PSol)
Henrique Fontana (PT)
Marcon (PT)
Nereu Crispim (PSL)
Paulo Pimenta (PT)

NÃO VOTARAM (4):
Afonso Hamm (PP)
Covatti Filho (PP-RS)
Maria do Rosário (PT)
Pedro Westphalen (PP)

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