Reencontro emocionante de Lourenciana com Bombeiros que a salvaram repercute no DF


Reencontro de Tatiana e os Bombeiros heróis. Vídeo está no Instagram.

Repercute no Instagram do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) o reencontro emocionante da lourenciana Tatiana Montezuma com os Bombeiros Militares que a salvaram em um acidente ocorrido em 2004. O vídeo, disponibilizado ontem, conta com milhares de visualizações e curtidas.

No dia 9 de setembro de 2004, Tatiana sofreu um grave acidente quando se dirigia ao seu trabalho. Ela capotou o carro e, na queda, fraturou os dois braços, teve traumatismo craniano e partes do couro cabeludo foram cortadas pelo vidro estilhaçado. O mais grave, porém, foi a lesão na vértebra C2 da coluna cervical, na região do pescoço, que por pouco não a deixou tetraplégica.

No vídeo que pode ser visto abaixo, a guarnição faz uma surpresa para a lourenciana e apresenta a ela os bombeiros que realizaram seu resgate, proporcionando um reencontro emocionante.

“Eu só sobrevivi porque os senhores me imobilizaram de forma correta. Depois que eu me acidentei eu acordei 15 dias depois… Se tivesse atingido a medula eu não estaria aqui ou teria ficado tetraplégica. A minha filha tinha dez anos. Eu não poderia ter criado a minha filha. E isso é algo que não tem nem como descrever…”

Tatiana Montezuma.

Tatiana também fez uma carta onde agradece a Deus por ter possibilitado a ação dos profissionais que a salvaram, conta detalhes do acidente e como o evento mudou sua vida. A carta está incluída abaixo:

Brasília, 12.07.2023
Senhores bombeiros,
É, para mim, motivo de grande contentamento e honra estar aqui, na Casa de vocês, no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, para agradecer aos senhores por estar viva.
Isso me emociona muito.
Só eu sei o que eu vivi após capotar de cinco metros de altura, na curva que dá acesso à Ponte JK, na altura da QI 26 do Lago Sul em direção ao Plano Piloto, no dia 9 de setembro de 2004, quando ia para o trabalho, no Tribunal Regional Federal.
Acordei 15 dias depois. E não lembrava de nada.
Havia fraturado a vértebra C2 da coluna cervical, uma das que sustentam o pescoço. O caso era gravíssimo. Havia, também, fraturado os braços; tido concussão cerebral por bater com muita força a cabeça; e tido hematomas no rosto e no corpo. Além disso, havia perdido muito sangue. Foram nove dias na UTI; 22 dias, ao todo, no hospital.
Como eu sobrevivi? Por obra Divina: porque Deus colocou os senhores no meu salvamento. O resgate, com a imobilização do meu corpo, foi tão bem feito que a vértebra fraturada não atingiu a medula. Caso tivesse atingido, eu não estaria, aqui, para contar esta história aos senhores. Ou poderia estar tetraplégica. Além disso, fui socorrida rápido, a tempo de os médicos estancarem a perda da grande quantidade de sangue.
Por isso, o meu agradecimento não tem tamanho. Consegui criar a minha filha, que estava com 10 anos quando me acidentei. E consegui voltar a trabalhar. Hoje sou avó e aposentada.
Queria, muito, que os senhores pensassem à respeito do que as pessoas fazem com as suas vidas após serem salvas. Assim como muitas, eu sentia vontade de agradecer a Deus fazendo algo útil. Então, com o auxílio de estudiosos do Direito, confeccionei o Projeto Amazônia: Tribunal Regional Federal da 1ª Região em defesa do meio ambiente. Projeto que serviu para alavancar a criação e instalação de varas federais de combate às infrações e crimes ambientais na Amazônia Legal Brasileira em 2010 e 2011. Elas estão situadas em Belém, Marabá e Santarém – no Pará; Manaus – no Amazonas; em Porto Velho – em Rondônia; e em São Luís – no Maranhão.
Combater as agressões à natureza, na Amazônia, dentro das minhas possibilidades de ação, foi a maneira que encontrei de ajudar a preservar o meio ambiente para o bem das futuras gerações. Minha maneira de agradecer ao Pai pela vida. E senti que estava fazendo algo de acordo com a vontade d´Ele.
E, neste momento, gostaria de frisar que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido salva pelos senhores.

Tatiana Montezuma

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